ao carlos sousa de almeida
praestantia
há um nada
a corroer-me a vigília
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espaço turvo
entre os mortos
os que ficam
os que vagam
dentro de mim
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eu gestei o sonho
do qual são vocês
apenas a pálpebra
>
>
há rezas caducas
só ouvidas quando noite
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ponte atada
ao desassossego
dos que imolam
dos que arrefecem
alheios a mim
>
eu pari a sentença
da qual são vocês
apenas o verbo
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