quarta-feira, 24 de dezembro de 2008



ao carlos sousa de almeida


praestantia


há um nada
a corroer-me a vigília

>
espaço turvo
entre os mortos
os que ficam
os que vagam
dentro de mim

>
eu gestei o sonho
do qual são vocês
apenas a pálpebra
>

>
há rezas caducas
só ouvidas quando noite
<
ponte atada
ao desassossego
dos que imolam
dos que arrefecem
alheios a mim
>
eu pari a sentença
da qual são vocês
apenas o verbo

Nenhum comentário:

Postar um comentário