quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

tomo I


angelus

é preciso inventar um dia de sol e de paz. rirão de mim, dizendo a lucidez escorrer pelos cantos da minha boca, e que a aflição dos meus órgãos, desastre, desagrego, rumará comigo até o fim. à porta, são vozes confusas e apressadas a paisagem que me esmiúça o desespero. ergo fantasmas e sigo. sombras, destino. afã, amargura. há tormentos lacrados em meus olhos, horizonte a me espreitar. há um aporte ao que resta da minha dignidade. anjos ecoarão meu nome.

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